Anthony Gregory — Contra Kevin Carson quanto à Humanidade das Corporações e dos Professores do Governo

The following article is translated into Portuguese from the English original, written by Anthony Gregory.

TROCAS MULTILATERAIS

Trocas multilaterais são o objetivo do Centro em dois sentidos — somos a favor de uma sociedade fundamentada em cooperação pacífica e voluntária, e buscamos fomentar o entendimento por meio de diálogo permanente.

Eis porque estamos inaugurando esta nova parte de nosso site. Trocas Multilaterais – Mutual Exchange proporcionará oportunidades para trocas de ideias de interesse dos diversos públicos do Centro. Um ensaio de abertura, deliberadamente provocativo, será seguido de respostas vindas de dentro e de fora do C4SS. Contribuições e comentários de leitores são entusiasticamente encorajados.

Começamos com o ensaio de Anthony Gregory “Contra Kevin Carson quanto à Humanidade de Corporações e Professores do Governo,” o qual suscita alguma questões críticas acerca de aspectos do projeto de Kevin Carson. Seguir-se-ão respostas de Carson, Gary Chartier e outros.

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Nem num milhão de anos eu teria tido a expectativa de concordar com Mitt Romney e discordar de Kevin Carson. Embora eu não seja mutualista, reconheço que Carson é um anarquista radical, e vejo Romney como fascista. Tenho tido em alta conta grande parte da crítica de Carson ao capitalismo de estado como bem-vindo corretivo para um movimento libertário com demasiada frequência deslumbrado com o statu quo corporatista e com o conservadorismo econômico. E no entanto discordo tanto do que parece a principal estocada de seu recente artigo, “Corporações São Pessoas? Hitler Também Era” que me vejo impelido a responder em defesa parcial do que foi enunciado por Romney, homem a quem já critiquei em muitos escritos e de modo nenhum vejo como aliado na luta por qualquer coisa que eu preze.

O principal ponto de Carson é que a afirmação de Romney de que “corporações são pessoas” é trivial e oculta a perversidade institucional envolvida. O fato de as corporações abrangerem pessoas é “tecnicamente verdade, obviamente. O dinheiro que uma corporação ganha a expensas dos consumidores e dos trabalhadores por meio de trocas desiguais forçadas pelo estado é todo distribuído para pessoas.”

De imediato, Carson assume a premissa de que os lucros corporativos geralmente resultam de “trocais desiguais forçadas pelo estado.” Certamente trabalhadores e consumidores amiúde enfrentam ônus impostos pelo estado que reduzem suas probabilidades de trocas otimamente benéficas. Significará isso, porém, que os autores dos lucros corporativos beneficiam-se a expensas deles? Não será possível para ambos os lados até em uma transação “desigual” ficarem em pior situação, na margem, por causa do envolvimento do estado, e no entanto ficarem em situação melhor por haver sido feita a troca? O que dizer dos muitos empresários que lucram em certo ano e têm grandes prejuízos no outro? Foi a expensas deles que consumidores e trabalhadores tiveram lucro?

Aqui tenho de concordar com a visão austríaca segundo a qual se duas partes vêm a fazer negócio, especialmente se ambas saírem satisfeitas, a preferência demonstrada(*) delas é a de que o negócio não foi feito a suas expensas, e sim a bem da melhora geral de sua situação, e isso não deveria ser invalidado por terceiros observadores. Tipicamente, é verdade, as trocas de trabalhadores e consumidores teriam sido ainda mais frutíferas para eles não fora o estado. Por vezes o estado inclusive cria trabalho cativo e mercados consumidores para as corporações. Contudo, a pura produtividade, mesmo na economia de mercado tolhida, por meio da qual trabalhadores e consumidores melhoraram sua situação ao longo dos anos, mesmo se não tanto quanto deveriam tê-lo feito, pareceria indicar que nem todas as suas interações com as corporações se fazem a expensas deles, liquidamente. Eles poderão beneficiar-se muito menos do que deveriam, por causa do estado, mas seguramente a experiência típica de consumidores ou trabalhadors envolvidos mesmo num sistema corporatista não é uma experiência de vitimização cabal, ao contrário do que implica Carson aqui: (* Para a ideia de preferência demonstrada, de Rothbard, e o contraste com a ideia de preferência revelada, de Samuelson ver, por exemplo,http://rationalargumentator.com/Rothbard_demonstratedpreference.html)

[T]odo sistema de exploração de classes da história humana serviu aos interesses de algum grupo de seres humanos. Em toda sociedade da história, não importa quão brutalmente exploradora, obviamente o ganho ilícito foi consumido por “pessoas.” Os patrícios romanos que viviam do suor dos escravos eram pessoas, e bem assim o eram os senhores feudais que extorquiam renda dos camponeses. Suspeito de terem sido “pessoas” — pessoas perversas — quem se aproveitou dos dentes de ouro extraídos em Auschwitz.

Pois bem, quanto a mim, sempre gosto de uma boa comparação com os nazistas, e  tenho posição explícita de oposição à Lei de Godwin. Essa comparação, contudo, parece muito irrazoável. Se a ideia é a de haver paralelo sensato a ser traçado entre aqueles que fazem as corporações lucrar e aqueles que prosperam em estados escravos e campos de concentração, encontro aqui muita coisa contra a qual protestar. Sei ser esse um argumento de reductio ad absurdum, mas ele parece fatalmente falho mesmo em sua concepção fundamental. Um consumidor que entra num Wal-Mart e compra um novo estéreo e CD poderia estar em situação muito melhor se o estado não impusesse barreiras protecionistas a fabricantes estrangeiros de eletrônicos, não aumentasse, por meio do copyright, o custo das músicas gravadas, e não impusesse uma centena de outros custos ao comprador. Entretanto, dificilmente este é vítima da troca ela própria. Ele pode escolher não comprar esses bens em absoluto, e ainda assim passar muito bem no mundo. Ele está realmente escolhendo dar seu dinheiro para as corporações, por mais falha a estrutura subjacente da economia. Além disso, embora qualquer dada corporação possa beneficiar-se de intervenção do estado, pode igualmente sofrer.

Para aplicar a analogia de Carson, se o cliente do Wal-Mart é o homem cujos dentes estão sendo extraídos em Auschwitz, o Wal-Mart não é o sádico nazista que está procedendo à extração – é o negociante que vendeu-lhe os dentes. Talvez o recluso tenha sido desfavorecido injustamente, talvez por causa da intervenção do estado, nisso em que, antes de tudo, ele teve de comprar os dentes. Entretanto, o real paralelo em nossa economia mista não é alguém perdendo o que tem a fim de enriquecer um buscador de lucros corporativos. É, mais amiúde, alguém não ganhando tanto quanto deveria, por causa das regulamentações.

Concordo com que a personalidade corporativa possa colocar problemas e que apenas indivíduos têm direitos. Ron Paul, ele próprio não anarquista, também manifestou esta ideia em resposta à escolha de palavras de Romney. Carson, porém, parece estar indo muito além em sua crítica, não simplesmente questionando a categorização de ficções corporativas como “pessoas,” mas em realidade concordando com que elas constituem pessoas quando julga com severidade a condição ética e o papel produtivo dessas pessoas objeto de discussão.

Dependem lucros corporativos amiúde de intervenção do estado? Claro que sim. Eles não têm, contudo, necessariamente caráter de exploração. Eles certamente não se fazem sempre a expensas de consumidores e trabalhadores. Nós atores do mercado, mesmo um mercado corrompido pelo envolvimento do estado, nem sempre recaímos nitidamente nessas categorias de sermos consumidores e trabalhadores ou beneficiários corporativos. E muitas pessoas que lucram de empreendimentos corporativos fazem-no correndo grande risco, colocando tudo o que têm em jogo, sem o que o empreendendorismo e portanto crescimento econômico e portanto a própria civilização seriam impossíveis. Seguramente as grandes empresas têm prosperado graças ao estado. Eu próprio já expus essa ideia muitas vezes [123456,789]. Contudo, o apoio do estado não é elemento indispensável dos lucros corporativos, nem são todas as corporações, mesmo em nosso mundo, tomando tudo em consideração, instituições predatórias cujos ganhos vêm sempre a expensas de trabalhadores e consumidores. No final, as pessoas que optam por comprar das corporações ou por trabalhar para elas, quando de fato há alternativas disponíveis, fazem-no porque estão interessadas em beneficiar-se a si próprias. Num mercado verdadeiramente livre, certamente muito mais boas alternativas estariam disponíveis. Isso não significa, porém, que as escolhas econômicas que as pessoas realmente fazem em nosso falho mundo tenham caráter de exploração ou de opressão.

Embora hostil em relação a aproveitadores corporativos, Carson é muito mais matizado ao discutir outras pessoas que prosperam graças a instituições de privilégio e exploração apoiados pelo estado — pessoas que, em minha opinião, tendem a ser pelo menos igualmente desrespeitosas dos direitos humanos na prática. Ele escreveu acerca da controvérsia trabalhista no Wisconsin em março último:

A educação seria sem dúvida diferente, de várias maneiras, numa sociedade livre — nada de leis de frequência obrigatória, e nada de processamento de recursos humanos em benefício do estado corporativo. Ensinar crianças, contudo, é importante função em qualquer sociedade, e muito do que aqueles professores públicos fazem hoje provavelmente seria carreado sem grandes mudanças.

Em meu modo de ver, os lucros corporativos existiriam em abundância num livre mercado, enquanto houver ineficiências para empresários identificar e tratar, assim beneficiando a sociedade como um todo. Acredito que sempre será assim. Talvez esta seja parte da razão pela qual eu seja capitalista e Carson não. Entretanto, independentemente da questão das corporações numa sociedade livre, discordo veementemente de que grande parte do que os professores de escolas públicas fazem seria “transferido sem grandes mudanças” numa sociedade livre. Dentro de uma geração ou por aí num mundo sem estado, duvido muito que a maioria das crianças fosse sujeitada a algo que se assemelhasse à escola convencional em absoluto. A escolaridade no lar, programas de aulas expositivas nas quais os professores verdadeiramente servem a estudantes e pais, aprendizado online conjugado com interações sociais mais livres e humanas, mais provavelmente prevalecerão, acredito e espero. Nosso sistema prussiano imperialista de escola pública é uma afronta, e as escolas privadas são quase cópias carbono do modelo estatista, por causa de leis de credenciamento e da inércia cultural estatista. A maioria dos empregos nas corporações são em realidade modelos de tratamento humano em comparação com o que muitos alunos de escolas públicas sofrem. Se alguém seria capaz de gostar desse tipo de coisa, eu pensaria num anarquista de mercado com tendências esquerdistas.

Contudo, mesmo sem saber exatamente como seria uma sociedade livre, é difícil para mim ver com que base libertária Carson se mostra mais disposto a humanizar professores de escolas públicas do que beneficiários corporativos. Afinal de contas, no mundo real, professores de escolas públicas sistematicamente conspiram com os administradores (seus pretensos inimigos de classe) e com a polícia para impor frequência. Carson denuncia que as leis de frequência são um problema, mas seguramente elas envenenam o sistema inteiro tanto quanto as intervenções do estado deslustram a vida corporativa. Os professores, em sua maioria, também alegremente se engajam em lavagem cerebral cívica sancionada pelo estado. Eles até impõem trabalhos de casa, onerando adicionalmente jovens pessoas já forçadas a aguentar nove horas ou em torno disso sentadas em torturadoras carteiras de olhos fixos em quadros-negros destruidores da mente, de tal maneira que elas vão para casa não para um pouco de alívio ou para alguma chance de algum desenvolvimento individual, mas sim para abuso adicional entorpecedor da mente. Os professores públicos tendem a ser melhor pagos do que suas contrapartes no setor privado, e tendem a choramingar mais alto todo ano por maior salário e melhores benefícios a expensas do contribuinte.

A quantidade de privilégio estatal envolvida em escorar a mamata da doutrinação das crianças é seguramente comparável, se não exceder de longe, à implicada no caso da corporação média. No entanto, os professores de escolas públicas tendem a estar mais diretamente envolvidos na imposição coercitiva do programa destrutivo de lavagem cerebral, abuso e humilhação do governo dos mais vulneráveis membros da sociedade, do que está a maioria dos beneficiários corporativos diretamente envolvidos em servir o estado onde a coerção se exerça sobre o indivíduo. Certo, deveríamos humanizar os professores das escolas públicas, reconhecer que seu trabalho em alguns casos parece-se um tanto com algo que poderia existir num livre mercado, compreender que muitos deles são boas pessoas que se ressentem do sistema tanto quanto nós nos ressentimos, e não vê-los todos como o equivalente de criminosos de guerra nazistas. No entanto, isso é ainda mais verdadeiro de empresários que recebem lucros corporativos.

Pareceria que Carson estaria usando um procurador para definir quem merece animosidade e quem é digno de simpatia, e esse procurador está baseado numa concepção esquerdista tosca de análise de classe, em vez de em análise de classe clássica liberal. É verdade que os libertários de tendência conservadora amiúde supersimplificam os temas ao considerarem todas as partes do “setor privado” vítimas e todos os “consumidores de tributos” parasitas. Entretanto, um procurador que tende à vilificação da classe capitalista e à empatia em relação à classe proletária — que é o que Carson parece estar fazendo — é algo pelo menos igualmente falho. Não que ele esteja defendendo os policiais do governo, mas Carson faz questão de observar: “Até parte do que a polícia faz, como deter o crime violento e apreender agressores, ainda seria necessário” numa sociedade livre. Seguramente. Mas, na prática, prefiro quase todo beneficiário corporativo a quase todo policial, independentemente da divisão trabalhador-classe capitalista que parece servir Carson em sua decisão no tocante a ou se humanizar um indivíduo que trabalha em nosso falho sistema, ou compará-lo a um nazista.

Admito que parte de minha resistência à concepção carsoniana de corporações como pessoas decorre de minha experiência pessoal. Durante anos em Berkeley, eu próprio comecei a dizer “as corporações são pessoas,” quando argumentando com esquerdinhas de todos os tipos – de social-democratas a social-anarquistas – que gastavam considerável tempo atacando corporações por todas as suas perversidades, mas tinham muito menos ódio do estado. Algumas dessas pessoas, mesmo os assim chamados radicais, por vezes respondiam ao meu fundamentalismo antiestatal com a ideia “governos são pessoas,” e eu argumentava muito como Carson fez em resposta a Romney, desconstruindo o que exatamente aquilo significava. No entanto, descobri que muitas pessoas que verberavam contra as corporações não davam um pio a respeito de liberdade ou mesmo de paz, quando esses eram os temas.

Agora concedo haver algo que se aproxima de uma falácia lógica em meu modo de sentir, se não no puro raciocínio que uso, nesses argumentos envolvendo a frase “corporações são pessoas” — admito que parte de minha reação é desencadeada emocionalmente, uma repulsa em relação àqueles que esposarão algumas das posições que Carson esposa  — e no entanto Carson parece estar indo ainda mais além nessa linha de julgar a posição de alguém baseado em de onde a pessoa procede. Carson escreve em “Corporações São Pessoas?”:

[L]ogo antes de eu ouvir falar da última mancada de Romney, estava lendo a respeito de um estudo do psicólogo Dacher Keltner. A experiência de vida dos ricos, diz ele, torna-os menos empáticos e mais egoístas do que as pessoas comuns. Parte disso é obtusidade deliberada; legitimar ideologias é algo que não apenas habitua os explorados a levar na cabeça como também permite que os exploradores durmam à noite dizendo para si próprios que os pobres realmente merecem.

Os ricos justificam suas relações com outras classes sociais com a ajuda da ideologia estadunidensista, por meio da qual exalçam a percepção de seu próprio entranhado individualismo e veem sua riqueza como resultado de caráter: “Eles acham que o sucesso econômico e resultados políticos, e resultados pessoais, têm a ver com comportamento individual, com uma boa ética de trabalho. …”

Em outras palavras, a ideologia espúria de “livre mercado” — por oposição à genuína — é o ópio das elites.

À parte a psicanálise precária, isso chega perto demais, para meu gosto, a ponto de parecer o polilogismo marxista que Ludwig von Mises refuta cabalmente em suas brilhantes obras, inclusive Ação Humana. “A ideologia estadunidensista,” argumenta Carson, repercute nas pessoas com base na classe, em vez de em princípios filosóficos de apelo potencialmente universal. Ele não diz que a classe determina o raciocínio filosófico de uma pessoa, mas passa perto.

De minha parte, acho que Carson não é preciso, isso se não estiver totalmente errado. Muitos estadunidenses mais pobres compram ideologia vulgar de livre mercado, muitas pessoas ricas denunciam o livre mercado — ou o genuíno ou sua contrafação — o tempo todo. Pessoas pobres votam nos Republicanos para protegerem-se do “socialismo.” E há aqueles, inclusive eu, que se opõem veementemente ao corporatismo e apesar disso ainda o preferem ao socialismo de estado amiúde advogado pela maioria das facções da esquerda. Enquanto isso, há cerca de meia dúzia de anarquistas profusamente ricos que me vêm à mente cujo radicalismo de mercado é positivamente genuíno. E então há os socialistas ricos, e os socialistas pobres, e tudo o que vem no meio. Ademais, Romney, se formos ler o pensamento dele como Carson parece estar fazendo, provavelmente não acredita em nada de sua própria retórica. Ele não está defendendo “ideologia espúria de ‘livre mercado’” para dormir melhor à noite — e sim para ganhar votos.

Mais importante, porém: é um equívoco tomar esse caminho ao criticar os pontos de vista de alguém. Se Romney está errado em humanizar corporações do modo como o fez, e não acredito que o ponto de vista dele seja nem de perto tão trivial quanto Carson acha, isso não é necessariamente um reflexo da classe à qual pertence Romney. Essa maneira marxiana de olhar o mundo é análise teórica pobre. Já ouvi pessoas de todos os pontos do espectro econômico parecerem com Romney falando acerca das corporações.

As corporações são pessoas também. E, sim, os governos também. Será que todas as pessoas que lucram a partir das grandes empresas merecem o que ganham? Não. Será que todos os trabalhadores do governo merecem nosso ódio? Não. No entanto, uma abordagem equilibrada baseada em respeito pela dignidade e liberdade do indivíduo numa sociedade amiúde demasiado estritamente controlada pelo maquinário brutal da coerção institucional produzirá um modo de ver muito mais matizado do que aquele que Carson produziu ao condenar os auferidores de lucro corporativos, e provavelmente um ponto de vista muito mais crítico dos professores públicos enquanto classe. Os beneficiários corporativos, em sua maioria,  não são tão maus quanto os nazistas. Muitos deles são heroicos benfeitores da humanidade. E, em sua maioria, são pelo menos tão defensáveis e admiráveis quanto o professor público médio que recebe pagamento do governo, mesmo quando pareça ser membro da “classe trabalhadora.”

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Anthony Gregory é editor de pesquisa no Instituto Independente. Visite-o em AnthonyGregory.com.

Artigo original afixado por Anthony Gregory em 15 de agosto de 2011.

Traduzido do inglês por Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme.

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