The following article is translated into Portuguese from the English original, written by Trevor Hultner.
Congratulações. O candidato favorito de vocês conseguiu segundo mandato como presidente. Estou certo de que vocês estão todos ocupados demais, dançando nas ruas, chorando de alegria e coisas que tais, para estarem na Internet neste momento, mas isto continuará aqui quando tudo isso aí terminar.
Agora que Obama obteve segundo mandato, vocês e eu precisamos ter uma conversa. Tenho apenas algumas perguntas que preciso fazer e, então, vocês poderão prosseguir por seu alegre caminho Democrata.
- Agora que este não mais é “ano de eleições,” vocês prestarão mais atenção aos ataques com aviões não tripulados [drones], listas de assassínios, permissão para detenção por tempo indefinido e deportação em massa de imigrantes sem documentos?
- Agora que Obama está garantido na Casa Branca até 2016, vocês prestarão atenção à continuada reclusão do soldado Manning?
- Agora que seu janota ganhou, vocês abordarão de maneira crítica as conexões dele com as instituições financeiras parasitárias que lançaram nossa economia em espiral fora de controle em 2008?
- Agora que nunca mais haverá outra campanha de Obama, vocês protestarão, junto conosco, contra todo o acima?
Ou ficarão em casa, retorcendo as mãos, quedando-se parecendo preocupados com que seus amigos não se agradem se vocês falarem abertamente contra todas essas coisas, coisas com as quais pessoas de outros países estão com razão enfurecidas? Continuarão vocês a chamar pessoas que protestam contra essas coisas de pouco práticas, “progressistas emocionais,” ou coisa pior?
Ficarão vocês lá, esperando, meditabundos, que Obama se torne o homem que prometeu seria em 2008?
Eis aqui uma dica: ele não o fará.
Não é preciso ser anarquista para ver que o homem que vocês elegeram, embora aparentemente “melhor,” de algumas maneiras defensavelmente importantes, do que o homem contra o qual competia, é contudo muito medíocre. O “mal menor” continua sendo mal.
Tudo o que pedimos é que tirem a cabeça do traseiro coletivo e, no mínimo, nos ajudem a assegurar que o mal não aumente.
Vocês não precisam que a Adbusters diga-lhes para tomarem as ruas. Simplesmente façam-no.
Artigo original afixado por Trevor Hultner em 6 de novembro de 2012.
Traduzido do inglês por Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme.