Propriedade Comunal: Análise Libertária – Conclusão

A Inglaterra não é povo livre, porém os pobres que não têm terra têm livre permissão para amanhar e trabalhar as [terras] comuns… – Gerrard Winstanley, 1649

Centro por uma Sociedade sem Estado Paper Nº 13 (Verão/Outono de 2011)

Conclusão

Kropotkin, em Ajuda Mútua, escarneceu daqueles que defendiam o processo de cerco e apropriação privada das comunas como “morte natural… em virtude de leis econômicas.” Era, escreveu ele, “piada de péssimo gosto, tanto quanto falar da morte natural de soldados chacinados no campo de batalha.”

O fato foi simplesmente o seguinte: As comunidades de vila haviam existido por mais de mil anos; e onde e quando os camponeses não foram arruinados por guerras e exações, sistematicamente aperfeiçoaram seus métodos de cultura. Como porém o valor da terra aumentava, em consequência do crescimento das indústrias, e a nobreza havia adquirido, sob a organização do Estado, poder que nunca tivera no sistema feudal, apoderou-se das melhores partes das terras comunais, e fez tudo o que pôde para destruir as instituições comunais. [101]

Se há uma lição a ser tirada de tudo isso, é uma advertência contra a tendência comum dos libertários de identificarem a dicotomia privado-estatal com a dicotomia individual/comum.

Fim de [V]

[101] Kropotkin, Ajuda Mútua, p. 236.

Anarchy and Democracy
Fighting Fascism
Markets Not Capitalism
The Anatomy of Escape
Organization Theory